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“Decepções ou Decisões?”

Seja homem, seja mulher. Seja criança, seja adulto. Seja aqui, seja do outro lado do mundo. Seja rico, seja pobre. Qualquer dia destes, ela também acontecerá com você: decepção.

Característica mais marcante nas mulheres, sempre chega como uma grande surpresa, quase como uma erupção. Isso mesmo, erupção! Com direito a explosões de sentimentos e, ao invés de rios de lava, rios de lágrimas sem fim. Qual mulher nunca se decepcionou com os homens? E, até mesmo, com outras mulheres? Lembra-se daquela vez que ficou esperando o convite para sair, mas ele preferiu ir ao bar com os amigos? De quando acreditou que ele iria ligar, mas o telefone não tocou até hoje?  Que seriam felizes pelo resto da vida, mas tudo acabou? Por fim, lembra quando confiou vários segredos a sua “melhor” amiga, mas ela contou para todos?

Muitos devem estar pensando: “Poxa vida! Que machista! E os homens?”. Muito bem, isso também acontece com eles, mas dificilmente demonstram. Às vezes penso que existe um código de conduta escrito há muitos anos, mas nunca revelado às mulheres. Só isso explicaria tamanha semelhança em uma quantidade tão grande de pessoas. Quase um nado sincronizado! Perdão, mas é verdade. Entretanto, fico muito contente em informar: eles também se decepcionam. Pode não ser pelos mesmos motivos das mulheres, mas se decepcionam quando o time de futebol favorito perde. Ou quando acaba a cerveja! Brincadeiras à parte, pois estamos falando de decepções em relação às pessoas, eles devem se sentir assim, porém, de forma mais objetiva.  Diria… com uma certa frieza. Mas quem sou eu para falar a respeito? Sou apenas uma mulher. Se um dia eles quiserem dividir algo mais profundo sobre suas decepções, vou adorar.

Vamos tentar abranger outros grupos para não parecer revoltada ou contra os homens. Aliás, diga-se de passagem, serei uma eterna pesquisadora da alma masculina, a qual muito me intriga. Então, quem mais se decepciona? As crianças, é claro. Ou já se esqueceu de quando tinha cinco anos e não ganhou o brinquedo querido? Os adolescentes! Como posso me esquecer deles! São quase o exemplo perfeito da decepção. Lembra-se da festa que não te deixaram ir? Fase complicada. Quando nos tornamos adultos, continuamos a nos decepcionar e, talvez, com mais intensidade, pois a consciência é maior. Será que isso acontece só por aqui? Não! Com certeza tem muita gente decepcionada mundo afora. Será que só acontece com quem mora na Zona Leste? Não! Também acontece com o povo da Zona Sul. Agora, quer saber qual é a pior? É a decepção consigo mesmo. Essa é imbatível e cruel.

Maravilha… Aonde quero chegar com isto tudo? Boa pergunta! Tão boa que nem merece resposta, apenas uma outra em troca: será que eu, você e o mundo esperamos demais dos outros e de nós mesmos? Não sei… Entretanto, tenho certeza de que se as coisas não saem como esperamos, temos duas opções: ficar reclamando ou seguir em frente. Não sei quanto a vocês, mas a segunda opção me agrada mais. Outro ponto importante: se as pessoas não são como gostaríamos, podemos ter certeza de que também não agradamos a todos. A decepção faz parte da vida, não é privilégio de ninguém. Mais cedo ou mais tarde, com uma frequência maior ou menor, ela surgirá no seu caminho. E, neste momento, a grande questão será: quero aprender com ela ou ficar sentado sentindo pena de mim mesmo? Eu já tenho minha resposta, e você?

Repost do texto publicado no antigo site: www.litafreitas.com.br em 10.05.2010 revisado em 02.07.2015

Post Author: Carla Firmino